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O Júri destaca que se trata de um edifício que funciona como referência no contexto urbano. Interessa a volumetria da fachada, fragmentada com uma interessante composição de vãos nos diferentes planos, resolvidos com quatro materiais: pedra, vidro, gesso e ripas de madeira. Ao nível interior, gera-se um ambiente agradável, que resulta bem nos espaços de leitura e halls de acesso.
Ateliers de arquitetura
Gándara Pons Arquitectos
Instalador Aluminier TECHNAL
Ventanales Vencor
Soluções TECHNAL
janelas de batente SOLEAL 55 (folha oculta)
Fotografia
Héctor Santos-Díez
Um dos principais pontos do projeto tem sido a sua adaptação ao tecido urbano existente. Assim, a geometria única da biblioteca foi adaptada à escala dos edifícios circundantes e conecta visual e pedonalmente a rua com o interior do terreno onde existe uma praça ajardinada. Para isso, o volume foi apoiado no próprio terreno, aproveitando a mudança de cota, entre uma zona e outra de quase um piso, para gerar uma praça coberta. Esta grande ágora dá acesso à sala de reuniões localizada no piso térreo e de frente para a praça. No primeiro andar fica a entrada principal em direção ao hall, enquanto o segundo e terceiro andares são destinados aos usos mais típicos de biblioteca e salas de leitura, onde o silêncio ganha mais destaque. Destaca-se a cobertura, concebida como quinta fachada, como um terraço exterior, de uso restrito.
A intenção do edifício não é ser uma unidade autónoma independente do tecido envolvente, e sim tentar criar uma cidade, construir rua e completar o tecido urbano.
As aberturas exteriores têm janelas da série SOLEAL da TECHNAL com vidro de baixa emissão e, nas aberturas onde o sol pode causar desconforto, foram colocadas lâminas de madeira tropical que permitem controlar a incidência solar, gerando uma série de ambientes muito atraentes no interior.
Biblioteca Municipal de Nigrán. Pontevedra
