Centro Dehoniano

Aberta em meados do século XIX e terminada já em 1917, a Avenida da Boavista permitiu a ligação do centro da cidade do Porto e o mar, atravessando o que eram na época os arrabaldes rurais da cidade.

 

Devido aos vastos terrenos agrícolas que ocupavam toda a zona onde a nova artéria se implantou, a Avenida rapidamente se transformou na zona habitacional da alta burguesia portuense. A partir da primeira metade do século XX assiste-se à gradual ocupação urbanística da Avenida com um conjunto de moradias e palacetes que foram acompanhando as mudanças graduais do gosto e das formas arquitectónicas em Portugal: as linhas beaux arts, arte nova e art deco, de inspiração francesa, a mistura eclética de elementos neoclássicos e neobarrocos, a arquitectura de veraneio, numa possível reminiscência da proximidade da Foz, a arquitectura modernista, e por fim, o cunho nacional do Português Suave, de que é exemplo o presente edifício.

 

O projecto geral consistiu na reabilitação de uma habitação unifamiliar dos anos 30 na Avenida da Boavista. Surgiu como resposta não somente às necessidades de reabilitação do edifício, mas também à inevitável revisão programática e funcional que uma residência para uma comunidade de sacerdotes e estudantes de teologia requer.

 

Refira-se por fim a Capela, centro da casa e lugar de encontro da comunidade: espaço que acolhe cada membro, na cor de cada banco (que espelha a cor de cada quarto).

 

O júri atribuiu o Palmarés a este projeto "pela forma inteligente de reabilitar o existente e proceder à amplicação ao nível do jardim, o que permite manter a imagem existente. O pátio ao nível do rés-do-chão permite também a entrada de luz e ventilação nas novas instalacões, cria um novo ambiente e estabelece uma relação especial entre o novo e o velho".

 

Gabinete de arquitectura:
Nuno Valentim Arquitectura e Reabilitaçao
Iinstalador: Monteiros – João Monteiro e Filhos LDA
Soluções Technal utilizadas:
Sistema de correr TOPAZE, janelas de folha oculta UNICITY